Em 06 de janeiro de de 1946 Frei Salvador faz sua "Profissão Simples" em Flores da Cunha, tendo como mestre de noviços Frei Fulgêncio Caron e celebrante o Provincial Frei Alberto Stuwiski.
No livro "Uma Vida de Oração e Trabalho. Frei Salvador Pinzetta" de Frei Achylles Chiappin é transcrito um trecho do caderno de retiros de Frei Salvador sobre este dia: "O dia da minha Profissão Simples, que grande dia para mim, que alegria, contentamento, por entregar todo a meu bom Jesus: Obediência, Pobreza e Castidade. Com Jesus quero viver, com Jesus quero morrer. Meu Jesus misericórdia, tende compaixão deste pobre pecador".
Na obra "Frei Salvador Pinzetta, Sou o que Sou Diante de Deus" é descrita a seguinte passagem sobre a profissão religiosa de Frei Salvador: "Um amor ligava o Frei Salvador a alguém que desejava imitar e seguir de todo o coração: Jesus Cristo, seu Evangelho, suas práticas e sentimentos. Estava pronto a abraçar a regra e vida dos Frades Menores Capuchinhos. Ao concluir o retiro preparatório, Hermínio Pinzetta (Frei Salvador) reafirma sua disposição de contemplar os mistérios da Encarnação de Jesus. Lê-se em seu caderno: "Jesus Menino era pobre, obediente a Maria e a José; viveu 30 anos com eles, trabalhando na casa de Nazaré; por três anos pregou o Evangelho". Diante disso ele se surpreende: "Eu pecador"! (Retiro de 28 de dezembro de 1945).
Na véspera da Profissão, o mestre Frei Fulgêncio Caron quis certificar-se da disposição dos noviços, mediante uma conversa. Frei Salvador, você está contente de fazer a Profissão Religiosa, perguntou o mestre? "Contentíssimo, porque vou entregar-me totalmente a Deus. Má son on poro gramo (sou um coitado), com estes meus dedos defeituosos, receio que vou ser inútil para a Ordem em que vou entrar", respondeu.
Não tenha receio, garantiu o mestre. Você foi unanimemente aprovado pelos frades e o defeito que você tem não vai impedi-lo de ser um bom religioso, utilíssimo a Ordem. E, agora, diga-me, por quais motivos você quer fazer a Profissão? "Eu quero rezar e sacrificar-me para me entregar sem reservas a Deus, para a sua glória e sua honra. Igualmente, quero ser religioso para salvar muitas almas. E também para rezar e sacrificar-me pelos sacerdotes e missionários à imitação de Santa Terezinha do Menino Jesus".
Alguma outra intenção, perguntou Frei Fulgêncio? "Tenho sim. Quero rezar e sacrificar-me para que Nosso Senhor mande muitos irmãos capuchinhos, pois vejo que somos poucos em comparação com o número de padres e as necessidades que temos". Frei Fulgêncio abençoou o noviço, despedindo-o com palavras de carinho (...)"
Fontes:
Livro "Uma Vida de Oração e Trabalho. Frei Salvador Pinzetta". Frei Achylles Chiappin.
Livro "Frei Salvador Pinzetta, Sou o que Sou Diante de Deus". Antônio Coloda, Felipe Alexandre Salvador, Frei Santos Carlos Coloda e Valentin Antônio Coloda.